quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O que significa a reeleição de Obama: um país profundamente dividido, é fato; mas também muito mais do que isso


Em uma das mais disputadas eleições da história dos Estados Unidos, o liberal radical Barack Hussein Obama venceu o conservador moderado Mitt Romney por 303 a 206 nos colégios eleitorais (com vitórias apertadíssimas nos Estados-chave de Ohio, Virgínia e Flórida) e apenas 2 pontos percentuais de diferença na votação nacional (50,2% contra 48,2% – 59,6 milhões de votos contra 57 milhões de seu adversário). Esse resultado, como já está sendo dito e escrito hoje por muita gente, mostra um país profundamente dividido, é verdade. Dividido como nunca antes em sua história. Mas, mostra também muito mais do que isso. Talvez seja finalmente a chegada do que há alguns anos era chamado de “o mui próximo último suspiro de uma América para a ascendência de outra América”.
Sim, talvez seja “o último suspiro” do que foi chamado nos anos 80 de “maioria moral” nos EUA. Essa “maioria moral”, pela primeira vez, mostrou que não é mais maioria. Tomara que estejamos errados, mas parece que finalmente deu-se o primeiro passo para o cumprimento daquela antiga previsão da Europa sobre os EUA: “Eu sou você amanhã”.
Nesta eleição, não apenas o mais liberal presidente da história dos EUA foi reeleito – um homem que apóia abertamente o aborto até o nono mês e em qualquer caso, bem como seu financiamento pelo Estado; que é o primeiro presidente a apoiar o “casamento” gay e o menos pró-Israel da história do país; que decretou, como primeiro ato como presidente, em 20 de janeiro de 2008, a destruição de embriões para pesquisas; que apóia a criação em seu país das tais leis contra a “homofobia”, que defende a maior dependência do cidadão em relação ao Estado etc. Não, nesta eleição aconteceu muito mais do que isso: simultaneamente, o “casamento” gay foi aprovado em plebiscito em quatro Estados (Maine, Minessota, Maryland e Washington) assim como a legalização da maconha para fins recreativos em Washington e Colorado.
E não é que os evangélicos não saíram às urnas desta vez, como em 2008, quando 30 milhões ficaram em casa desmotivados com McCain, e Obama terminou vencendo por 10 milhões de votos de diferença. Eles foram às urnas neste ano... (PARA CONTINUAR A LER ESTE ARTIGO, CLIQUE AQUI)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O peso do voto evangélico e católico na eleição dos EUA


Amanhã, os norte-americanos vão às urnas para eleger o seu presidente para os próximos quatro anos. A luta está acirrada, mas há grandes chances do republicano Mitt Romney ganhar o pleito deste ano. As pesquisas mostram ele e Obama tecnicamente empatados no voto nacional, e as previsões sobre a vitória nos colégios eleitorais são as mais variadas, indo desde uma vitória para Obama por 303 a 235 colégios eleitorais até a vitória para Romney por 315 a 223 colégios eleitorais. Há também quem acredite que a eleição pode ser apertadíssima como a de Bush sobre Al Gore em 2000. Uma das fortes razões, porém, para que se acredite na vitória de Romney no pleito deste ano é a mobilização do voto evangélico.
Nas eleições de 2008, 30 milhões de evangélicos ficaram em casa no dia da votação e Obama venceu a eleição por 10 milhões de votos de diferença. Neste ano, porém, de seis semanas para cá, as bases evangélicas começaram a se mobilizar pró-Romney de uma forma só vista recentemente nas eleições de 2000 e 2004.
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