segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Drops: (1) Reflexos do fracasso do COP 15; (2) "Veja" e "Época" sobre a Bíblia e Deus; (3) Bjorn nunca foi cético; (4) e um artigo de Rick Santorum

O saldo do COP 15 não se restringe apenas à decepção daqueles que torciam para que fosse assinado o tratado de 181 páginas elaborado pela ONU em setembro (aliás, quem quiser ler o documento final assinado - de apenas 3 páginas [Das 181 páginas, só sobraram 3 páginas] - pode lê-lo aqui). Dois outros resultados também são visíveis. Quais são eles?
Em primeiro lugar, a credibilidade do IPCC, assim como a do garoto-propaganda Al Gore, não vai muito bem. Além do escândalo do Climategate de que falei em postagem deste blog no dia 30 de novembro, o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, está sendo acusado de fazer fortuna com essa história de aquecimento global. A notícia é do jornal britânico The Telegraph. Leia-a aqui. E em segundo lugar, os "cientistas céticos", como são denominados os cientistas que não crêem na "religião" do Aquecimento Global Antropogênico e Irreversível (AGAI), estão agora sendo mais ouvidos. Leia no blog da Agência de Notícias Reuters (aqui).
Como acontece todo final de ano, as revistas Veja e Época trouxeram em suas capas matérias relacionadas à fé cristã. No caso de Veja, a crítica de cinema Isabela Boscov falou sobre a atualidade da Bíblia, e até se saiu bem. Há falhas aqui e ali em seu texto (duas são erros crassos), mas, no geral, ela tenta falar da Bíblia em tom respeitoso. Já a revista Época traz uma matéria que se opõe aos antiteístas Dawkins, Hitchens e et caterva, mas, no fundo, termina apresentando uma espiritualidade e um Deus, em muitos aspectos, divergentes da Bíblia.
A revista Veja tentou vender gato por lebre em suas páginas amarelas desta semana. Não só apresentou Bjorn Lomborg (autor de O ambientalista cético) como se ele fosse um especialista em clima como ainda disse que ele é o “maior representante dos céticos”. Duplo erro. Primeiro, ele é cientista político, e não de clima. Bjorn não é meteorologista, climatologista, físico, nada disso. Nunca fez, sequer, um treinamento intensivo em algum desses assuntos. E em segundo lugar, Bjorn nunca foi aceito pelos "céticos", pois nunca defendeu o que defendem os "céticos". Ele crê no aquecimento global constante, crê também que é antropogênico (provocado pelo homem), só não crê que seja absolutamente irreversível. Ora, os cientistas céticos, ao contrário, são (1) especialistas em Climatologia, Meteorologia ou Física (aliás, geralmente os mais destacados em suas áreas); (2) não crêem que o aquecimento global tem razões antropogênicas, muito menos que seja irreversível; (3) e sempre alertaram que nos próximos anos haveria esfriamento e não aquecimento, como os dados já têm mostrado (desde 1998, o mundo está esfriando). Bjorn, porém, ainda crê em aquecimento hoje. E ao ser perguntado porque crê que há aquecimento hoje, em vez de argumentar, diz apenas que estudos de cientistas têm mostrado isso (sic). Ademais, chega a ser ridícula a resposta de Lomborg à pergunta sobre o Climategate. Para ele, “mascarar dados” não é falsificação!!! E Bjorn ainda omite que o caso do Climategate envolveu não só o mascarar dados. Ocorreram também a destruição e a omissão deliberadas de estudos que mostravam o esfriamento da Terra, além da manipulação de dados para que eles dissessem o que não dizem. Isso se chama falsificação, fraude.
E uma onda de frio acomete o Hemisfério Norte pós-Copenhague. Foram -33,6 graus na Baviera, Alemanha. Na Polônia, -25 graus. Na França, a madrugada mais fria do ano: -24 graus. Na República Tcheca, -20 graus. Londres sofreu a maior nevasca desde 1895 (ou seja, a maior dos últimos 114 anos) e Washington D.C., capital dos EUA, registrou a maior nevasca de toda a sua história. E a notícia é que esse frio veio... do Ártico (isto é, daquele lugar onde as geleiras haviam diminuído 7% até 2007 e voltaram a crescer de 2007 para cá, desmentindo Al Gore). A desculpa da turma do AGAI? “É verdade que essas tempestades de neve e temperaturas muito baixas não eram esperadas para essa época. Porém, o modelo do AGAI permite períodos eventuais de extremo frio”. Ah, tá.. Quer dizer que, se está frio, é “o aquecimento global”; se está quente, é “o aquecimento global”; se está numa constante, é “o aquecimento global”. Mas, o melhor argumento é o que se segue: “O que vale é a temperatura média durante os últimos anos”. Ok. O problema é que, hoje, esse argumento está mais do que "furado", porque sabe-se que a Terra está esfriando desde 1998, e não aquecendo como se dizia.
Leiam o interessante artigo do ex-senador norte-americano Rick Santorum publicado em 17 de dezembro no jornal Philadelphia Inquirer. Santorum destaca que a censura imposta pelos cientistas do AGAI sobre os "cientistas céticos" (devido à força política em favor da turma do AGAI) é, na pratica, o mesmo que os cientistas evolucionistas fazem com os cientistas criacionistas. Leiam o artigo aqui.

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