quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Não se esqueça: se você está nEle, você nunca estará só

Uma das mais belas declarações da Bíblia foi proferida em um dos momentos de maior tensão.
Nos capítulos 14 a 17 do Evangelho de João, encontramos Jesus se despedindo dos Seus discípulos. Ele estava prestes a experimentar a cruz. Por isso, a conversa que teve com eles foi carregada de emoção. Ela revela a tensão daquele momento.
No capítulo 14, encontramos os discípulos sentindo-se órfãos e inseguros por antecipação. Jesus, então, conforta-os, afirmando que o Espírito Santo, o Consolador, estaria com eles permanentemente. Além disso, os discípulos veriam Jesus novamente (Jo 14.16-18).
No capítulo 15, o Mestre continua reanimando-os e lembra do Seu propósito de estar ligado eternamente a eles, quando fala que Ele é a videira e eles, os ramos. No capítulo 16, volta a falar do Consolador. Porém, já no final do capítulo 16, Jesus revela que Seus discípulos O abandonariam na Sua trajetória até a cruz. Ele afirma claramente que aquele seria um caminho que trilharia em completo abandono. “Eis que vem a hora, e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só...”, Jo 16.32a.
Como é terrível enfrentar a tragédia completamente sozinho! Mas, pensando bem, quem disse que Jesus estava totalmente sozinho? Ele poderia estar no sentido físico, mas não no espiritual. O Pai estava com Ele! Foi o Mestre mesmo quem declarou isso, logo depois de dizer que os discípulos o deixariam só. Foi em um clima de abandono e saudade que Jesus proferiu uma das mais belas declarações da Bíblia. Uma declaração de esperança: “...me deixareis só; contudo não estou só, porque o Pai está comigo”, Jo 16.32b.
Que afirmação inspiradora! Momentos antes de ser abandonado pelos Seus e acometido pelo terrível suplício que culminaria na Sua sangrenta morte na cruz, Jesus diz que estava firme diante da profunda dor e das injustiças que enfrentaria porque sabia que o Pai estava com Ele. A presença do Pai encorajou-o até o Gólgota e deu-lhe forças para prosseguir. Foi no Pai que buscou forças no Getsêmani, quando verteu sangue pelos Seus poros (Lc 22.41-44). Mesmo em meio à dor intensa que o fez clamar “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?”, Ele sabia que o Pai estava com Ele; inclusive, ao expirar, foi ao Pai que entregou Seu espírito na hora da morte, citando Salmos 31.5, uma oração que era ensinada bem cedo às crianças judias daquela época (Lc 23.46). Ele sabia que o Pai estava ali.
Ora, Jesus é o nosso padrão, o modelo a ser seguido, nosso manequim e alvo, e com Ele aprendemos que se Deus está conosco, podemos ser até esbofeteados, injustiçados, crucificados, mortos e enterrados. Tudo isso valerá a pena, se o Pai está conosco. Se Ele não está, o “fim” é o fim. Mas, se Ele está, o capítulo final da nossa história será outro. Com Ele, depois da tumba sempre vem a ressurreição, e com ela a glorificação.
Em outras palavras, se Deus está conosco, pode tudo estar dando errado agora, mas no fim vai dar tudo certo.
Na vida, todos sofremos. Uns mais, outros menos, mas todos sofremos. E Ele não escondeu isso a Seus discípulos: “No mundo tereis aflições...”, Jo 16.33. Porém, se Deus está conosco, podemos sofrer por um tempo, mas não por todo tempo. “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”. Depois de cada luta, vem a vitória. Depois de cada vitória, luta de novo, mas sempre seguida por mais uma vitória. E se Deus permite, em alguns casos, que um sofrimento específico vá conosco até o final de nossa vida na Terra, lembremos que uma coroa de justiça gloriosa nos espera no Céu, um sublime galardão, além da já perfeita eternidade com Deus. E quem padece mais por Cristo, mais receberá em Glória.
Nossa “leve e momentânea tribulação” dará lugar a um “peso de glória”.
Isto é, seja agora ou no porvir, os que andam com Ele sempre sagram-se vencedores.

O que importa é Deus conosco

O que importa essencialmente não é quanto você tem na sua conta no banco, se você é uma pessoa bem aquinhoada, se tem pessoas influentes para fazerem lobby em seu favor, mas, sim, se Deus está com você.
Abraão Lincoln, presidente dos Estados Unidos no século 19, sabia disso, por isso afirmou certa vez: “O que importa não é se eu estou com Deus, mas se Deus está comigo”. Com isso, ele quis dizer que estar ao lado de Deus é fácil. Afirmar que Ele está certo no que diz e faz não é difícil. A questão mesmo é se Deus está ao nosso lado, se nos acompanha, se chancela o que fazemos, se permeia a nossa vida, se guia os nossos passos. O que importa mesmo é Emanuel, “Deus conosco”. E para Ele estar conosco é preciso mais do que o nosso convencimento; é preciso conversão e entrega diária da nossa vida a Ele.
Se um dia O aceitamos verdadeiramente, Ele nos acompanhará durante toda nossa vida e pela eternidade, mesmo nos trechos mais escuros da estrada. Ele prometeu: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”, Mt 28.20.
Cristo promete nunca nos abandonar. Se você o ama e serve, nunca estará só. Ele é fiel e vela pela Sua Palavra para a fazer cumprir (Jr 1.12). Com essa certeza, podemos caminhar com passos firmes e seguros, pois a certeza da Sua presença conosco é tudo. Ele garante: “Não temas, porque Eu estou contigo”. Estar com Ele = Nada temer.
Só tem essa certeza quem conhece a Deus, por isso quem O conhece é forte e ativo (Dn 11.32), pois sabe que não há o que temer se maior é o que está conosco (Sl 27.1). Se há Deus, há tudo. Quem tem Deus tem tudo, mesmo não tendo nada.
É a certeza da Sua presença que preenche toda e qualquer ausência. “A minha porção é o Senhor, diz a minha alma”, Lm 3.24.
É a certeza de Sua companhia que nos faz crer mesmo quando as trevas são vizinhas. “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo”, Sl 23.4.
É a Sua presença em nossa vida que garante a chegada a um porto seguro. “Então eles, de bom grado, o receberam, e logo o barco chegou ao seu destino”, Jo 6.21.
Da mesma forma, é a Sua ausência que nos faz desesperar. “Ao expirar, disseram as mulheres que a assistiam: Não temas, pois tiveste um filho. Ela, porém, não respondeu, nem fez caso disso. Mas chamou ao menino Icabode, dizendo: Foi-se a Glória de Israel”, 1Sm 4.20-21.
E é a Sua ausência que nos leva à precipitação da nossa derrocada. “Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes, e me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o Senhor se tinha retirado dele”, Jz 16.20.
Quer descansar na adversidade? Cultive a presença divina em sua vida. Só a certeza da presença de Deus nos faz descansar mesmo diante da borrasca mais intensa (Êx 33.14). Mas, como cultivá-la?
Basicamente, de três formas.
Em primeiro lugar, por meio da oração. “Perto está o Senhor de todos que o invocam em verdade”, Sl 145.18. “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”, Jr 29.13. Lutero dizia que a oração é a respiração da alma. Encha seus pulmões espirituais e oxigene sua vida espiritual com a graça, a paz e o poder que fluem de uma vida de oração com o Senhor.
Em segundo lugar, ouvindo a Sua Palavra, bebendo dela todos os dias. Deus só ouve aquele que ouve a Ele. Portanto, se quer que Ele ouça você e se manifeste na sua vida, antes ouça a Sua voz. Em ler, ouvir e praticar a Sua Palavra, somos tremendamente abençoados.
Por fim, também adorando ao Senhor. Deus habita na verdadeira adoração (Sl 22.3).
Se você encarnar em sua vida essas práticas espirituais básicas e bíblicas, nunca se verá só no meio da borrasca. A presença de Deus será sempre a realidade dentro do seu coração. Podem haver, em volta, tempestades, terremotos, desmoronamentos, tsunamis, dilúvios, mas a presença gloriosa de Deus será sempre uma realidade patente em seu coração, bem como a certeza de um novo dia após a borrasca.
Feliz Natal e um 2010 recheado das bênçãos do Senhor!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Drops: (1) Reflexos do fracasso do COP 15; (2) "Veja" e "Época" sobre a Bíblia e Deus; (3) Bjorn nunca foi cético; (4) e um artigo de Rick Santorum

O saldo do COP 15 não se restringe apenas à decepção daqueles que torciam para que fosse assinado o tratado de 181 páginas elaborado pela ONU em setembro (aliás, quem quiser ler o documento final assinado - de apenas 3 páginas [Das 181 páginas, só sobraram 3 páginas] - pode lê-lo aqui). Dois outros resultados também são visíveis. Quais são eles?
Em primeiro lugar, a credibilidade do IPCC, assim como a do garoto-propaganda Al Gore, não vai muito bem. Além do escândalo do Climategate de que falei em postagem deste blog no dia 30 de novembro, o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, está sendo acusado de fazer fortuna com essa história de aquecimento global. A notícia é do jornal britânico The Telegraph. Leia-a aqui. E em segundo lugar, os "cientistas céticos", como são denominados os cientistas que não crêem na "religião" do Aquecimento Global Antropogênico e Irreversível (AGAI), estão agora sendo mais ouvidos. Leia no blog da Agência de Notícias Reuters (aqui).
Como acontece todo final de ano, as revistas Veja e Época trouxeram em suas capas matérias relacionadas à fé cristã. No caso de Veja, a crítica de cinema Isabela Boscov falou sobre a atualidade da Bíblia, e até se saiu bem. Há falhas aqui e ali em seu texto (duas são erros crassos), mas, no geral, ela tenta falar da Bíblia em tom respeitoso. Já a revista Época traz uma matéria que se opõe aos antiteístas Dawkins, Hitchens e et caterva, mas, no fundo, termina apresentando uma espiritualidade e um Deus, em muitos aspectos, divergentes da Bíblia.
A revista Veja tentou vender gato por lebre em suas páginas amarelas desta semana. Não só apresentou Bjorn Lomborg (autor de O ambientalista cético) como se ele fosse um especialista em clima como ainda disse que ele é o “maior representante dos céticos”. Duplo erro. Primeiro, ele é cientista político, e não de clima. Bjorn não é meteorologista, climatologista, físico, nada disso. Nunca fez, sequer, um treinamento intensivo em algum desses assuntos. E em segundo lugar, Bjorn nunca foi aceito pelos "céticos", pois nunca defendeu o que defendem os "céticos". Ele crê no aquecimento global constante, crê também que é antropogênico (provocado pelo homem), só não crê que seja absolutamente irreversível. Ora, os cientistas céticos, ao contrário, são (1) especialistas em Climatologia, Meteorologia ou Física (aliás, geralmente os mais destacados em suas áreas); (2) não crêem que o aquecimento global tem razões antropogênicas, muito menos que seja irreversível; (3) e sempre alertaram que nos próximos anos haveria esfriamento e não aquecimento, como os dados já têm mostrado (desde 1998, o mundo está esfriando). Bjorn, porém, ainda crê em aquecimento hoje. E ao ser perguntado porque crê que há aquecimento hoje, em vez de argumentar, diz apenas que estudos de cientistas têm mostrado isso (sic). Ademais, chega a ser ridícula a resposta de Lomborg à pergunta sobre o Climategate. Para ele, “mascarar dados” não é falsificação!!! E Bjorn ainda omite que o caso do Climategate envolveu não só o mascarar dados. Ocorreram também a destruição e a omissão deliberadas de estudos que mostravam o esfriamento da Terra, além da manipulação de dados para que eles dissessem o que não dizem. Isso se chama falsificação, fraude.
E uma onda de frio acomete o Hemisfério Norte pós-Copenhague. Foram -33,6 graus na Baviera, Alemanha. Na Polônia, -25 graus. Na França, a madrugada mais fria do ano: -24 graus. Na República Tcheca, -20 graus. Londres sofreu a maior nevasca desde 1895 (ou seja, a maior dos últimos 114 anos) e Washington D.C., capital dos EUA, registrou a maior nevasca de toda a sua história. E a notícia é que esse frio veio... do Ártico (isto é, daquele lugar onde as geleiras haviam diminuído 7% até 2007 e voltaram a crescer de 2007 para cá, desmentindo Al Gore). A desculpa da turma do AGAI? “É verdade que essas tempestades de neve e temperaturas muito baixas não eram esperadas para essa época. Porém, o modelo do AGAI permite períodos eventuais de extremo frio”. Ah, tá.. Quer dizer que, se está frio, é “o aquecimento global”; se está quente, é “o aquecimento global”; se está numa constante, é “o aquecimento global”. Mas, o melhor argumento é o que se segue: “O que vale é a temperatura média durante os últimos anos”. Ok. O problema é que, hoje, esse argumento está mais do que "furado", porque sabe-se que a Terra está esfriando desde 1998, e não aquecendo como se dizia.
Leiam o interessante artigo do ex-senador norte-americano Rick Santorum publicado em 17 de dezembro no jornal Philadelphia Inquirer. Santorum destaca que a censura imposta pelos cientistas do AGAI sobre os "cientistas céticos" (devido à força política em favor da turma do AGAI) é, na pratica, o mesmo que os cientistas evolucionistas fazem com os cientistas criacionistas. Leiam o artigo aqui.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

(1) COP 15: fatos escondidos de você; (2) Leonardo Boff continua admirando terroristas; (3) a relação entre parte do jornalismo e o liberalismo social

Eis uma prática que já está se tornando padrão em parte do jornalismo brasileiro quando o assunto é o tal Aquecimento Global Antropogênico e Irreversível: quando Al Gore mente, divulga-se a mentira como se fosse verdade; e quando Al Gore é, em seguida, desmentido publicamente - ou ele mesmo se desmente -, então a mídia brasileira, em sua maioria, esconde o desmentido. Eis dois exemplos recentes, e em menos de 15 dias:
1) A Globo mostrou mais uma vez, na semana passada, aquele gráfico manipulado do filme Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore, em que o CO2 é apresentado como sendo a causa do aquecimento da Terra nos anos 90. Você deve se lembrar. No tal gráfico, à medida que a emissão de CO2 aumenta, a temperatura da Terra também. Tremendo embuste. O truque usado por Al Gore e a turma do IPCC, e desmascarado há anos por cientistas, é o seguinte: inverte-se a ordem cronológica das duas linhas, colocando a relativa ao CO2 como anterior à do aumento da temperatura da Terra, para convencer o incauto de que aquele aumento da temperatura da Terra é uma decorrência do aumento do CO2.
Se você não sabia, querido leitor, então fique sabendo: a ordem cronológica dos dados mostra que o aquecimento da Terra vem antes do aumento da emissão de CO2. É o aumento da temperatura que provoca a maior emissão de CO2, e não o contrário.
Ademais, o CO2 produzido pela atividade humana representa apenas 3% de todo o CO2 emitido à atmosfera. Logo, ainda que fosse verdadeira a estória de que uma maior emissão de CO2 produz maior aquecimento, estaríamos diante de outro problema: mesmo que todo o CO2 produzido pela atividade humana fosse eliminado, isso não bastaria para evitar o tal aquecimento. Das 200 bilhões de toneladas de CO2 jogadas na atmosfera por ano, 6 bilhões são produzidas pela atividade humana. Quem mais joga CO2 no ar são os mares (90 bilhões), as plantas, o solo e os animais. E mais: quando a temperatura da Terra aumenta (e isso ocorre devido à atividade solar), os mares emitem mais CO2 do que o costumeiro. E aí estamos falando de dezenas de bilhões de toneladas de CO2 a mais na atmosfera, e não de 6 bilhões num universo de 200 bilhões.
2) Na segunda-feira, 14 de dezembro, Al Gore, falando à Conferência de Copenhague, afirmou que uma recente pesquisa mostrava que o Ártico poderia ficar totalmente sem gelo dentro de cinco a sete anos (sic) (!!!). Disse ele: “Estes números são fresquinhos. Alguns dos modelos sugerem ao Dr. Maslowski [autor dos estudos] que há 75% de chance de que toda a calota polar do ártico poderá, durante os meses de verão, ficar completamente sem gelo dentro de cinco a sete anos”. O jornal O Globo deu destaque à declaração de Al Gore. Porém, esqueceu de divulgar o desmentido do dia seguinte. O climatologista em cujo trabalho Al Gore se baseou o deixou em situação complicada ao afirmar sobre sua declaração: “Não sei como ele chegou a esse valor”. Depois do vexame, o gabinete de Al Gore divulgou uma retificação (leia toda essa história aqui). E ainda nesta semana, Al Gore foi confrontado com dados que mostram que... o gelo no Ártico voltou a aumentar!
Para quem não sabe, o gelo na Antártida aumentou 43% nos últimos anos, e o do Ártico, que havia diminuído 7% até 2007 (fato alardeado pela turma que crê no Aquecimento Global Antropogênico e Irreversível), voltou a crescer nos últimos dois anos. E aí? Qual foi a desculpa de Al Gore? Qual a desculpa do homem que estava prevendo uma espécie de “fim do mundo” para 2010? Disse ele, no dia 15, que “é verdade que aumentou a área do gelo no Ártico [Ué, mas, um dia antes, ele não disse que iria desaparecer em cinco ou sete anos?], mas a espessura do gelo deixa ainda muito a desejar”. Ah, tá...
E falando ainda de Copenhague, andaram dizendo por aí que a tal ilha de Tuvalu iria desaparecer. Al Gore estava entre eles. Bem, não é o que os gráficos dizem. Veja aqui se o nível do mar aumentou em Tuvalu de 2000 a 2009. E que tal ver também aqui se aumentou alguma coisa de 1993 a 2009?
(Indico ainda lerem a entrevista do professor e meteorologista Luiz Carlos Molion, representante da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Metereológica Mundial [leia-a aqui], e o didático artigo do pesquisador e jornalista Richard Jakubaszko [leia-o aqui]; e a assistirem à entrevista do professor Molion e do engenheiro agrônomo Evaristo Eduardo de Miranda ao programa Canal Livre da Rede Bandeirantes divulgada no domingo passado, 13 de dezembro [Clicando aqui, você entrará no site de vídeos da Bandeirantes. Digite "Clima e Copenhague" no espaço de busca e os 6 vídeos do programa aparecerão. Os das entrevistas do professor Molion e do engenheiro Evaristo Eduardo são os vídeos das Partes 1, 2 e 3 do programa])
No jornal O Globo, edição de 24 de novembro, página 2, na seção Panorama Político: “O frei Leonardo Boff escreve sobre o caso Battisti: ‘Sinto orgulho, como brasileiro, por uma pessoa da qualidade do ministro Tarso Genro. Sua argumentação é irrefutável e sempre respeitosa’”. Battisti, para quem não se lembra, é aquele terrorista italiano que cometeu atentados contra uma democracia para implantar a ditadura do proletariado e, entre as suas ações criminosas, foi responsável pela morte de quatro pessoas: duas como mandante e outras duas como executor. E nem se arrepende de ter feito isso. Battisti foi condenado pela justiça italiana pelo assassinato dessas quatro pessoas e fugiu, chegando, em sua peregrinação, ao nosso país, cujo governo atual já abriga o padre Olivério Medina, das Farc, e também já mandou dois boxeadores cubanos de volta à ditadura de Cuba “na velocidade da luz” só porque o amigo Fidel, aquele “democrata”, fez um telefonema.
Nada mais coerente com Boff, não? Se Battisti lutou pela “causa”, valia tudo. Já dizia Boff, grande apoiador da ditadura cubana (que matou dezenas de milhares por fuzilamento em seus 50 anos de existência), sobre a sua amada Teologia da Libertação: “Na Teologia da Libertação, a questão de fundo não é a Teologia, mas a Libertação” (Teologia da Libertação no Debate Atual, Editora Vozes, Petrópolis, p. 17); “Quando falo em Libertação, eu entendo concretamente isto: acabar com o sistema de injustiça que é o capitalismo. É libertar-se dele para criar em seu lugar uma nova sociedade, uma sociedade socialista” (Da Libertação, Editora Vozes, Petrópolis, p. 70); “É preciso dizer claro e vigoroso: a libertação (...) trata-se concretamente, para nós, de superar o sistema capitalista em direção a uma nova sociedade de tipo socialista” (Da Libertação, p. 113); “Para nós, o Reino de Deus é concretamente o socialismo” (Da Libertação, p. 96).
Justiça seja feita: Clodovis Boff, irmão de Leonardo e co-autor desses livros, já abriu mão de boa parte dos princípios fundamentais da Teologia da Libertação. Leia aqui. Leonardo, porém, continua sendo daqueles que acham Battisti um “santo”.
No jornal O Globo, edição de 17 de novembro, na página 25, seção O mundo, Gilberto Scofield Jr, correspondente em Washington DC, fala da onda de críticas que Obama recebeu nos EUA durante a sua visita ao Japão. Aí, ao mencionar de onde partem as críticas na televisão, escreve o jornalista: “Os disparos vieram tanto da conservadora Fox quanto da mais equilibrada CNN”. Sentiram? “...da mais equilibrada CNN”. Pois é, para o jornalismo brasileiro, instrumento difusor do liberalismo social, só há dois jornalismos nos EUA: o ideologicamente conservador, que deve ser ignorado, e o “equilibrado”. Nenhuma mídia ideologicamente não-conservadora dos EUA é chamada de liberal, mas sempre de “independente” e/ou “equilibrada”. Entendem? Ser liberal, como é a CNN, o NYT, a ABC, a NBC, o Los Angeles Times etc, é ser “equilibrado”. Isso me faz lembrar o que vi uma jornalista brasileira dizer, ano passado, sobre um suposto “furo” da CNN durante as negociações do primeiro pacote do governo americano para reagir à crise econômica: “Se é a CNN que está dizendo que aconteceu, deve ter acontecido mesmo”. E, no final, o tal “furo” não se confirmou. Como já disse aqui várias vezes: quem pauta a mídia brasileira são os liberais CNN e New York Times. Se um fato não foi divulgado em nenhuma dessas duas mídias, então, para os jornalistas brasileiros, ele não aconteceu. E se divulgam o fato, mas dizem que ele aconteceu de um jeito que não aconteceu, fica valendo o que disseram essas mídias. Exemplo: os protestos recentes contra o governo americano nas ruas de Washington DC. A CNN e o NYT disseram que foram apenas “milhares”, quando fotos, vídeos e órgãos especializados em medir quantidade de público em manifestações mostraram que havia pelo menos 1 milhão de pessoas no protesto. É por isso que a audiência da CNN e a vendagem do NYT nos EUA estão, por assim dizer, na “camada do pré-sal”, enquanto Fox News e Wall Street Journal estão nas alturas. Entretanto, ainda são aqueles a referência ideológica do jornalismo brasileiro.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Aos poucos, mundo vai descobrindo que a tal "verdade incoveniente" de Al Gore é uma tremenda mentira conveniente

Caros,

Ontem, aquilo de que falamos em um dos apêndices do meu livro A Sedução das Novas Teologias, em postagem do início deste ano e mais recentemente em 30 de novembro (leia postagem abaixo sobre Conferência do Clima em Copenhague) apareceu pela primeira vez na grande mídia brasileira. Releia o que falamos a respeito e veja a matéria de ontem do Jornal Nacional aqui.