sexta-feira, 27 de março de 2009

A verdade sobre o aquecimento global

Caros,
Quem acompanha-me no blog há algum tempo ou leu meu livro A Sedução das Novas Teologias (CPAD) sabe que não sou simpático à Teoria do Aquecimento Global Irreversível e Antropogênico. Creio, sim, como já escrevi, que o ser humano tem destruído a Terra em vários sentidos, e inclusive em relação ao meio ambiente (na área de poluição, afetando a saúde das pessoas, animais e plantas; na difusão de doenças por falta de saneamento e de cuidados ambientais; nos testes com bombas; no vazamento de óleo e de gases tóxicos letais; na destruição de ecossistemas etc); e que o cristão deve zelar pela criação de Deus e cuidar responsavelmente dos recursos naturais que Deus colocou à sua disposição neste planeta; mas, sempre tive sérias dúvidas quanto ao ser humano estar provocando este atual momento de aquecimento da Terra e quanto à tese de que este aquecimento global é irreversível. Isso se deve não à minha intuição, mas ao fato de já ter lido vários artigos e matérias a respeito com especialistas argumentando com precisão contra a falácia dos “ecologistas terroristas”. Por isso, sempre resisti a essa tese, apesar de respeitar amigos sinceros, inclusive servos de Deus, que a esposam.
Aliás, nos Estados Unidos, a maioria dos evangélicos e dos chamados conservadores já é hoje condescendente com essa tese do Aquecimento Global Irreversível e Antropogênico. Uma boa parte ainda é contra, mas a maioria já não o é, e isso porque muitos irmãos se sentiram fortemente tentados (e cederam a essa tentação) de ver nessas previsões climáticas catastróficas algo de bíblico.
Trocando em miúdos: Assim como, no período da Guerra Fria, muitos servos de Deus tendiam a associar muitas catástrofes previstas nas profecias bíblicas sobre o fim dos tempos às previsões muito comuns à época sobre o que aconteceria com a Terra num eventual conflito nuclear, agora passaram a associar os sinais que antecedem à Segunda Vinda de Jesus a essas previsões assustadoras da maioria dos ambientalistas de hoje, pois muitos desses sinais tratam-se de catástrofes na natureza (Mt 24.29,30; Mc 13.24-27; Lc 21.11,25-28) que se parecem muito com as catástrofes “profetizadas” por esses ambientalistas, assim como os efeitos de um conflito nuclear também têm suas semelhanças com a descriçao que muitas dessas profecias fazem do cenário do fim dos tempos.
Porém, o problema é que esquecemos que (1) a Bíblia em nenhum momento afirma que todas essas catástrofes são condicionadas pelo homem, como asseveram os ambientalistas; e (2) alguns vaticínios do Mestre, bem como pragas do Apocalipse (6.1-17; e 8 e 9), referem-se a algumas coisas que são claramente sobrenaturais e não naturais, inclusive dizendo que Deus enviará anjos para efetuar essas alterações absolutamente aterradoras e imprevisíveis, inesperadas, posto que sobrenaturais. O texto bíblico fala, por exemplo, de coisas que acontecerão com o Sol e a Lua e de “poderes do céu” sendo “abalados”, e de "estrelas" caindo, que são acontecimentos que vão além de um mero superaquecimento global irreversível e que não se encaixam em nenhuma previsão ambiental terrificante.
Como alguns irmãos pedem-me informações a respeito dos contra-argumentos à Teoria do Aquecimento Global Irreversível e Antropogênico, uma vez que essas informações são, por razões ideológicas, escondidas pela maioria esmagadora da mídia (algo absolutamente absurdo), indico aos interessados pelo assunto um documentário importantíssimo, imperdível, de Martin Durkin, exibido em 8 de março de 2007 no Channel 4, da Inglaterra, e intitulado A Grande Farsa do Aquecimento Global. Esse documentário foi feito logo após a triste notícia - para a maioria da comunidade científica da áera de climatologia - de que o então presidente dos EUA, George Walker Bush, preocupado com sua popularidade mundial desgastada após a Guerra no Iraque, acabou, contra sua convicção, cedendo à pressão midiática e de ONGs e aderindo à popular causa dos ambientalistas. Esse documentário é um último apelo desses premiados cientistas europeus, americanos, asiáticos e judeus para que a farsa do aquecimento global antropogênico e irreversível acabe e que, de forma didática, destrói, sem deixar pedra sobre pedra, todas as lendas pregadas como verdade em panfletos populares, inclusive no grotescamente mentiroso Uma Verdade Inconveniente, do pop star Al Gore.
Durkin reúne os depoimentos dos mais renomados cientistas do mundo na área, que denunciam que a Teoria do Aquecimento Global Irreversível e Antropogênico não tem base científica alguma e que a elevação da temperatura decorre de um ciclo natural. O documentário conta ainda como surgiu a Tese do Aquecimento Global Antropogênico e Irreversível e porque ela se mantém e se popularizou em nossos dias, mesmo sem ter nenhum sentido à luz de todas as evidências. Depoimentos de Carl Wunsch, Eigil Friis-Christensen, Frederick Singer, Ian Clark, James Shikwati, John Christy, Lord Lawson de Blaby, Nigel Calder, Nir Shaviv, Patrick Michaels, Patrick Moore (co-fundador do Greenpeace), Paul Reiter, Philip Stott, Piers Corbvn, Richard Lindzen, Roy Spencer, Syun-Ichi Akasofu e Tim Ball.
O documentário de uma hora e 16 minutos vem com legendas em português. Vale muito a pena assistir. Acesse-o aqui.
(Preferencialmente, comentar só depois de assistir ao vídeo)

sábado, 14 de março de 2009

O novo herói americano

Uma pesquisa nacional – realizada neste início de ano nos EUA pelo Instituto Harris – revela quais são os principais heróis dos americanos hoje. O resultado é curioso. Em primeiro lugar, retirando da dianteira Jesus Cristo (que sempre foi o primeiro para os americanos em todas as pesquisas do tipo já feitas nos EUA até então), está o atual presidente dos Estados Unidos: Barack Hussein Obama. Em segundo lugar, Jesus Cristo (sic); em terceiro, o pastor batista Martin Luther King; em quarto, o ex-presidente Ronald Reagan; em quinto, o ex-presidente George Walker Bush; em sexto, o ex-presidente Abraham Lincoln; em sétimo, o herói de guerra John McCain; em oitavo, o ex-presidente John Kennedy; em nono, o piloto e novo herói Chesley Sullenberger; e em décimo, Madre Tereza de Calcutá (o resultado pode ser conferido no site do Instituto Harris ou em português, por exemplo, aqui).
Curioso, não? Pois bem, aqui vai uma pergunta: O que você acha de, pela primeira vez, num país dito cristão (onde 53% da população se diz evangélica e 30%, católica), Jesus não ser mais o maior herói, perdendo para alguém que defende o casamento homossexual, o aborto, a destruição de embriões para produção de células-tronco, o ecumenismo e a legalização de drogas, e que, como se não bastasse, passou a ser conhecido nacionalmente há apenas seis anos e mundialmente há pouco mais de um ano por causa de uma eleição presidencial que conseguiu vencer (apesar de ter sido um parlamentar medíocre) porque teve como poderoso cabo eleitoral a inabilidade do último governo em responder rapidamente a uma das maiores crises econômicas da História? Obama não tem dois meses de mandato e já é considerado pela atual geração de americanos o maior herói de todos os tempos. Já fizeram até revistinha com Obama e o Homem-Aranha salvando o dia, e ela vendeu horrores.
No imaginário dessa nova geração, Obama desbancou currículos como os de Abraham Lincoln, Martin Luther King, Ronald Reagan, Madre Tereza de Calcutá etc e até mesmo conseguiu ultrapassar Jesus como herói em uma nação, repito, dita cristã. Minha reação imediata a essa notícia? Repetir as palavras de Cícero: “Oh, tempo! Oh, costumes!” E a sua?
P.S.: Não vale bobagens do tipo “Obama é o Anticristo”.

terça-feira, 10 de março de 2009

Fidelidade total à agenda liberal

Ao final do seu mandato, o presidente Obama pode até ser eventualmente criticado por não cumprir algumas promessas de campanha, mas não em relação à sua agenda liberal. Se com dois dias de mandato já assinara a LLE, fazendo a festa dos grupos pró-liberação do aborto em todo o mundo, ontem ele liberou as verbas que Bush havia negado para as pesquisas com células-tronco embrionárias nos Estados Unidos. Isso em menos de dois meses de mandato. Nesse ritmo, será que até o final deste ano ele já terá cumprido todos os demais pontos da agenda?
Outro detalhe é que Obama justificou sua decisão de ontem afirmando que "seu governo tomará decisões baseado em fatos, não em ideologias". Ah, quer dizer que a decisão de Obama não é baseada em ideologias? Quer dizer que as propaladas curas por meio de células-tronco embrionárias já são um fato no mundo? Onde estão? Quer dizer também que se Bush, como sabemos, não foi favorável a esse tipo de pesquisa por entender que embrião é um ser humano tanto quanto qualquer outro (essa era sua "ideologia"), não considerar o embrião um ser humano, mas apenas uma espécie de "vida inferior", é "resistir aos fatos"? Ah, tá... E se a Bíblia afirma que o embrião é um ser humano cuja vida deve ser tão respeitada quanto a de qualquer outro ser humano, então quer dizer que a Bíblia é contrária aos fatos? Entendo. O governo do "cristão" Obama tomará todas as decisões sem atentar para os "irracionais" princípios e valores cristãos e para os fatos, a não ser para os "fatos" (de sua ideologia). Com Obama, hipótese agora é fato e princípios e valores cristãos são "obscurantismo e irracionalidade". Isso é que é fidelidade total à plataforma!

segunda-feira, 9 de março de 2009

O dilema ético em torno do aborto - sobre o terrível caso da menina de 9 anos em Recife

[*] Caros, o artigo que prometi no primeiro parágrafo desta atual postagem já se encontra no blog, no espaço de comentários. Preferi colocá-lo aqui porque (1) o texto é muito longo para uma nova postagem (ultimamente tenho evitado postar textos longos, como fazia anteriormente - é verdade que, de certa forma, ainda continuam longos, mas não tanto como boa parte dos postados no ano passado) e (2) para tentar concentrar nesta postagem todas as exposições relacionadas ao tema dela. Abraço!
Afazeres impediram-me de comentar a tragédia vivenciada pela menina de 9 anos em Recife, que foi estuprada e engravidou de gêmeos que foram, há poucos dias, legalmente abortados (a lei brasileira permite o aborto apenas nos casos de estupro e de gravidez que apresente risco de vida para a mãe). Apesar de impossibilitado de escrever o longo texto que havia idealizado para analisar esse caso perturbador (pretendo fazê-lo ainda, mais à frente [*]), meu amigo pastor César Moisés escreveu excelente artigo a respeito para o qual convido os leitores, pois serve de perfeita introdução para uma reflexão sobre o assunto. Leiam-no aqui: http://marketingparaescoladominical.blogspot.com/2009/03/no-lugar-do-arcebispo-de-olinda-e.html (O pastor César preferiu, por enquanto, não omitir uma opinião definitiva, mas lançou com precisão boas bases para reflexão sobre o assunto, inclusive destacando que, em uma época de relativismo, o arcebispo teve a coragem de se posicionar sem se preocupar com o politicamente correto). [Só hoje (10/03/09) li o artigo que o pastor Altair Germano postou sobre o assunto, e que fora indicado pelo irmão Valmir Milomem. Indico-o também: http://www.altairgermano.com/2009/03/menina-de-09-anos-aborta-gemeos-etica.html]
Como prometi, pretendo escrever com vagar sobre o assunto mais à frente [*], porém, à guisa de introdução, adianto que o aborto realizado naquela criança não só foi legal como entendo ser biblicamente permitido (embora seja uma decisão extremamente dolorosa), posto que os médicos diagnosticaram ser uma gravidez de total risco de vida para a menina-mãe e onde os gêmeos não tinham a menor chance de sobreviverem. Segundo a equipe médica, se a gravidez fosse levada adiante, das duas uma: morreriam os três ou, na hipótese menos provável, morreriam os gêmeos e a menina continuaria viva. Ou seja, de acordo com os médicos, seria impossível os gêmeos sobreviverem àquela gravidez e as chances de a menina-mãe morrer juntamente com eles era altíssima. Como a morte dos gêmeos era inevitável, abortando-os salvou-se pelo menos a menina.
Já escrevi em artigo (em uma edição de 2006 da revista Reposta Fiel) e em livro (mais precisamente em um apêndice de A Sedução das Novas Teologias, CPAD) que o aborto denominado de terapêutico (não gosto muito do termo, mas, enfim, ele é usado para designar o aborto para salvar a vida da mãe), à luz dos princípios bíblicos, não é pecado. Sei que há cristãos sinceros que preferem condenar o aborto terapêutico, dizendo: “Prefiro deixar que Deus escolha se a mãe ou o bebê irá escapar ou se os dois irão morrer”. Respeito a preocupação implícita nesse posicionamento, mas, sinceramente, não vejo, à luz da Bíblia, condenação para o aborto terapêutico. Portanto, não vejo crise ética nesse caso.
Mas, alguém pode dizer: “E se não houvesse risco de vida para a menina-mãe? Nesse caso, deveríamos ou não permitir o aborto?”
Aí, sim, o quadro mudaria, porque abortar por estupro é fazer que a criança no ventre pague com a vida pelo crime do estuprador, ou seja, por um crime que não cometeu. Se o caso não contasse com o fator risco de vida, a resposta seria claramente "Não pode abortar". Entretanto, talvez não seja necessário nem adentrar essa reflexão, porque a Medicina afirma que gravidez em meninas dessa idade sempre é uma gravidez de alto risco de vida para a mãe e de morte certa para o feto, isso porque é uma gravidez antinatural. Não é natural uma menina dessa idade ser mãe, por isso o corpo dela não responde positivamente à gravidez, pois não está adequado ainda a ela (**). Se a gravidez no início da adolescência já é considerada de alto risco para o feto (podendo, inclusive, se o feto nascer, vir à luz com má formação) e raramente também para a mãe, quando a mãe tem apenas 9 ou 10 anos de idade a situação é pior ainda. Com essa idade, a menina pode até já estar ovulando, mas o corpo dela, ainda em desenvolvimento (e em um estágio ainda muito incipiente desse desenvolvimento), não está pronto para suportar uma gravidez, devido à sua compleição física, altura, peso, não-desenvolvimento dos órgãos reprodutores etc, e, por isso, a criança em seu ventre fatalmente morre e há 90% de chances de a menina-mãe morrer junto, a não ser que a criança em seu ventre seja abortada. Pelo menos é o que dizem os médicos.
Portanto, a própria natureza criada por Deus nos ajudaria a responder a esse dilema ético.
Agora, sobre a declaração do arcebispo de Recife, que disse ater-se à lei de Deus para tomar a posição que tomou, lembremos que a lei de Deus, para o arcebispo, é a lei canônica, que vai além da Bíblia e muda em muitos pontos conforme o passar dos séculos. Sim, importa obedecer à lei de Deus e não obedecer à lei dos homens (a não ser que esta esteja coadunada com a lei de Deus), porém, note-se: importa obedecer à lei de Deus. O que é realmente lei de Deus deve ser sempre obedecido.
(**) P.S. [De 09/03/09]: Caros, depois de ter escrito este artigo, fui informado por amigos que há casos, embora raros, de crianças com 9 e 10 anos que conseguiram levar adiante a gravidez, o que estabelece exceções a essa afirmação dos médicos de que não dá para uma criança de 9 e 10 anos conseguir levar a gravidez adiante. Não tenho formação na área médica e desconhecia esses casos. Minha posição nesta postagem se baseia em informações que médicos especialistas emitem sobre esse tipo de caso e sobre o que a equipe médica que tratou da menina disse sobre o caso específico dela. Outro colega disse-me que é verdade que há exceções, mas no caso específico desta menina seria mesmo impossível os gêmeos sobreviverem e a menina também teria altíssimas chances de morrer se a gravidez fosse levada adiante, por causa da natural desproporção de sua bacia pélvica em relação ao tamanho dos bebês, além de a menina só ter 1,36m, 33 quilos e poucas condições físicas. Bem, se as informações dos médicos sobre o caso da menina são falsas, aí a resposta, por mais politicamente incorreta que seja, deve ser aquela que dei à situação hipotética que descrevo no início do antepenúltimo parágrafo ("Não pode abortar"). Porém, se é verdadeira (de que os gêmeos inevitavelmente morreriam e a menina não teria como sobreviver se a gravidez progredisse), então permanece a reflexão que desenvolvi acima na maior parte do texto.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sobre conteúdo da edição de março do jornal "Mensageiro da Paz" e tema do programa "Resposta Fiel" desta semana

A edição 1.486 do jornal Mensageiro da Paz, referente ao mês de março, traz como matéria de capa dois estudos - o primeiro, do BID, estabelece uma ligação direta entre o alcance das populares novelas da Rede Globo de Televisão e o aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas; o segundo, realizado pela Rand Corporation e publicado pela revista Pediatrics, da Academia Americana de Pediatria, comprova que adolescentes que costumam assistir a programas com conteúdo sexual têm probabilidade duas vezes maior de engravidar do que os jovens que não assistem a esses programas. Especialistas comentam esses dados.
Há ainda matérias sobre a intensificação da guerra cultural por que passa o Ocidente, com o aumento da agressividade por parte dos movimentos antiteístas e anticristãos, especialmente na Europa, e sobre o metodista John Atta Mills, 64 anos, professor de Direito, que foi eleito novo presidente de Gana; e artigos que tratam, à luz da Bíblia, de temas como hermafroditismo, casamento e celibato, “homofobia”, aborto por causa de estupro e liderança. Aos interessados em adquirir cotas ou assinaturas, o telefone é 0800-021-7373 ou (21) 2406-7416 e 2406-7418. O e-mail é assinaturas@cpad.com.br
No programa Reposta Fiel desta semana, falarei sobre o tema “Entretenimento e espiritualidade”. O programa vai ao ar amanhã, a partir das 22h, com reprise na quinta-feira, às 17h, e no domingo, às 12h. Para ouvir o programa, o endereço eletrônico da rádio é www.cpad.com.br/radioweb